23 Heathcock, 2014). Muitas bibliotecas universitárias fornecem abundantes recursos que ajudam os novos formandos a transitar para a vida universitária (Arnold et al., 2002). Contudo, se os fornecedores de cursos online não tiverem conhecimento das competências tecnológicas e/ou literárias dos seus formandos, os recursos da biblioteca acabam por não ser devidamente divulgados, o que é mais problemático para cursos totalmente online, particularmente em modo intensivo, onde as exigências são maiores quando a única relação necessária com a instituição é feita através do sistema de gestão de aprendizagem (em inglês, learning management system - LMS) do seu curso. Programas de formação orientados e de fácil acesso a uma abrangência de recursos online são, portanto, vitais para melhorar o sucesso dos formandos em contextos de aprendizagem intensiva online; já que o simples fornecimento de recursos genéricos através do LMS de um curso sem que haja uma formação adequada pode não ser suficiente para satisfazer as necessidades dos formandos online (Kumar e Heathcock, 2014). É importante que os formadores avaliem as competências dos seus alunos antes de iniciarem o curso, para que quaisquer lacunas possam ser colmatadas com os recursos existentes na biblioteca. O segundo pilar responde a um dos obstáculos mais imediatos dos formandos online, a necessidade de fornecer ferramentas técnicas adequados para os preparar para a aprendizagem num contexto exclusivamente online (Shea et al., 2005). As instituições que disponibilizam cursos online devem assegurar que todos os requisitos tecnológicos são comunicados aos formandos antes de iniciarem o curso e que é fornecido apoio técnico contínuo para reduzir o atraso no cumprimento das exigências do curso. Isto é particularmente importante para o estudo online intensivo onde os prazos de avaliação deixam pouco ou nenhum espaço para dificuldades técnicas. A forte relação entre a aceitação da tecnologia por parte do formando e a sua perceção de satisfação com os cursos online deve ser devidamente considerada, uma vez que pode colocar obstáculos adicionais a formandos não habituados a processos de aprendizagem online (Lee, 2010). Tal como salientado anteriormente nesta revisão de literatura, quando os formandos ou formadores não possuem as competências técnicas necessárias, pode constituir-se uma barreira significativa e, por vezes, intransponível, contribuindo para a descontinuação ou desinteresse dos formandos. Assim, a adoção de um contexto de aprendizagem de fácil utilização e com apoio técnico online flexível é fundamental para os cursos online intensivos, visando aumentar a retenção e o envolvimento dos formandos. Para além da necessidade de ultrapassar obstáculos tecnológicos, existem ainda as dificuldades de realização académica, a transição para a vida universitária e a gestão eficaz do tempo, sendo que todos estes fatores podem beneficiar do terceiro pilar: o apoio à saúde e bem-estar. Estes fatores criam um stress crescente entre os formandos, tanto dentro como fora da universidade (Robotham e Julian, 2006). Verificou-se que os estudantes universitários apresentam taxas alarmantes de problemas de saúde mental (Andrews e Wilding, 2004; Bayram e Bilgel, 2008; Hjeltnes et al., 2015) e que os formandos online, particularmente no estudo intensivo, enfrentam um desafio semelhante. Como resposta, foram efetuados esforços pelas universidades para apoiar os estudantes e promover uma saúde mental positiva e o bem-estar numa tentativa de combater o crescente stress psicológico (Regehr et al., 2013). Um exemplo a considerar é o esforço para alargar os programas de apoio presenciais a estudantes online, tais como o counseling pessoal e serviços académicos (Dare et al., 2005; Lapadula, 2010). No entanto, esta solução muitas vezes não envolve os muitos
RkJQdWJsaXNoZXIy NzYwNDE=