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24 estudantes online que não se encontram nas mediações do campus, o que dificulta o acesso a estes serviços. Uma potencial solução para o obstáculo geográfico é o investimento por parte das instituições no online counseling ou em serviços de autocuidado, para chegar a outro público para além daquele que utiliza os serviços tradicionais presenciais (Tokatlidis et al., 2011). Esta opção permite a oferta de serviços com a flexibilidade necessária para garantir o acesso de formandos de qualquer localização. Outra estratégia de grande alcance que demonstra uma eficácia crescente entre os estudantes universitários é o mindfulness. Nos últimos anos, o mindfulness tem-se tornado popular, particularmente em contextos educativos onde a investigação tem demonstrado que pode beneficiar os estudantes que experimentam níveis elevados de stress psicológico (Cavanagh et al., 2013). A eficácia das práticas baseadas no mindfulness nas escolas do ensino básico e secundário (Zenner et al., 2014), bem como ao nível universitário (Regehr et al., 2013), têm sido bem documentadas e revelam resultados promissores na melhoria da resiliência a fatores de stress comuns relacionados com o ensino. Os benefícios do avanço da tecnologia têm levado a que um número cada vez maior de programas de mindfulness online sejam desenvolvidos, o que tem implicações positivas na crescente popularidade de cursos universitários online (Sable, 2010). Apesar disto, os benefícios de integrar práticas baseadas em mindfulness online em cursos totalmente online ainda são pouco estudados. A necessidade de intervenções e de estratégias de prevenção baseadas na evidência é especialmente relevante, dado que a literatura sugere que cerca de 50% dos estudantes universitários experimentam níveis significativos de stress psicológico (Regehr et al., 2013). A prestação de serviços psicológicos é dificultada para os formandos online que, de outra forma, podem não ter acesso a qualquer outro meio de suporte à saúde mental (Lapadula, 2010). Por conseguinte, é necessário ampliar a investigação sobre estratégias adequadas de prevenção e de intervenção que respondam aos elevados níveis de stress psicológico entre os formandos que participam da aprendizagem online intensiva, dadas as pressões adicionais que enfrentam, nomeadamente os prazos de entrega mais reduzidos e o facto de estarem fisicamente separados dos seus pares. O último pilar necessário para apoiar o sucesso dos formandos vem com o priorizar o sentimento de pertença e comunidade a qualquer formando. Promover o diálogo aberto entre formandos, formadores e colegas de turma é essencial para a aprendizagem online, que muitas vezes pode ser tomada como garantida durante a implementação deste tipo de cursos (Coomey e Stephenson, 2001). Como abordado anteriormente, os formandos online necessitam de um feedback personalizado e atempado sobre as avaliações (Li e Beverly, 2008; Lee, 2010), interações com os colegas através de plataformas de redes sociais, tais como o Facebook e o Twitter (Roblyer et al., 2010; Akcaoglu e Bowman, 2016; Tang e Hew, 2017) e, idealmente, serviços de apoio académico e técnico 24 horas por dia (Lorenzo e Moore, 2002) para maximizar as hipóteses de sucesso na aprendizagem. Em particular, a investigação identificou que a qualidade e a quantidade adequadas de interação entre um formando e o seu formador estão associadas ao aumento da satisfação dos estudantes nos cursos (Lee, 2010; Ralston-Berg et al., 2015). Por conseguinte, é necessário que as instituições deem prioridade à oferta de meios eficazes de comunicação no contexto de aprendizagem online. A título de exemplo, um estudo sugere que a utilização de atividades assíncronas, como a apresentação através de mensagens de vídeo e a realização de fóruns de discussão online, pode ser útil no combate ao isolamento e à falta de “sentido de comunidade” partilhado pelos

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