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6 na carreira são certamente diferentes, mas os professores do ensino básico e secundário precisam de desenvolver a sua confiança nas aulas online e encontrar formas de aperfeiçoar este tipo de formação de modo que os estudantes atinjam o seu potencial. A maior parte das faculdades desenvolve cursos durante pelo menos um ano antes de os transferir para o modelo online. Infelizmente, os agrupamentos de escolas não tiveram essa possibilidade, uma vez que a mudança foi de um dia para o outro. Embora as aulas online fossem pouco comuns nas escolas antes da pandemia (a aprendizagem online no ensino básico e secundário era oferecida praticamente apenas por escolas online), este modelo de aprendizagem veio certamente para ficar para uma grande parte da população estudantil. Alguns estudantes estão a ter excelentes resultados com o modelo online e, provavelmente, vão querer continuar com este modelo de formação. Uma vez que está diretamente relacionado com o financiamento, os agrupamentos de escolas terão que optar se poderão continuar a investir neste modelo. Os agrupamentos de escolas com melhores resultados no ensino online são aqueles que já disponibilizavam formação online antes do encerramento das escolas com a pandemia. Embora o grau de preparação possa variar, uma coisa é certa: os professores estarão mais confiantes no próximo ano letivo quando derem aulas online com um novo grupo de alunos. Porque é que a confiança de alguns professores diminuiu? A mudança é difícil e pode afetar a confiança, mesmo que seja planeada estrategicamente e com um tempo de implementação definido. O encerramento dos estabelecimentos de ensino ocorreu de forma abrupta e as escolas foram forçadas a agir reactivamente, garantindo a aprendizagem online. Muitos professores já questionariam as suas capacidades de ensino online se os cursos fossem construídos de forma proactiva, com feedback de qualidade e desenvolvimento profissional, mas o modo de sobrevivência adotado como resposta imediata à pandemia fez com que quase todos questionassem as suas próprias capacidades. Outra potencial razão para a diminuição da confiança no ensino no contexto online pode estar diretamente relacionada com a falta de envolvimento dos estudantes. As escolas estão a descobrir que alguns estudantes não se deixam envolver no contexto online nem completam os seus trabalhos. Uma vez que a confiança dos professores e a perceção de autoestima se correlacionam frequentemente com o envolvimento e a aprendizagem dos estudantes, a falta de envolvimento tende a diminuir a confiança dos professores. Embora o desenvolvimento de formações online atrativas ajude nesta questão, os professores precisam de perceber que se trata de um esforço coletivo – é preciso uma aldeia para educar uma criança –, pois a responsabilidade não é de uma única pessoa. Os professores são profissionais que têm a maior consideração pela aprendizagem dos estudantes e que desejam satisfazer as suas necessidades sociais e emocionais. Como tal, precisam de ter experiências bem-sucedidas no contexto online, participando do desenvolvimento profissional de qualidade no que respeita à conceção e à implementação de formações online, recebendo feedback de qualidade dos seus pares, diretores, pais dos alunos e dos próprios estudantes.

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